Identificação da Operação
Código da Operação |
M1420-05-2114-FEDER -000014 |
Designação da Operação |
Requalificação e Reabilitação do Cais da Ponta do Sol |
Eixo Prioritário |
Proteger o ambiente e promover a eficiência de recursos |
Prioridade de Investimento |
6c - A conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do Património natural e cultural |
Tipologia de Intervenção |
Património natural e cultural |
Ação |
Reabilitação, novas infraestruturas e ações de promoção de bens histórico-culturais e áreas naturais |
Descrição e Calendário da Operação
Data de Inicio |
12-10-2017 Data de Conclusão 31-12-2019 |
Descrição da Operação |
A reabilitação do cais, poderá ser descrita de forma sumária em três fases: A primeira fase será a elaboração de um Projeto Técnico, cujo objetivo passa pela reabilitação do cais de forma a garantir a segurança dos utilizadores , e devolver á estrutura a sua configuração, textura e cor originais. No Projeto Técnico serão apresentadas todas as patologias existentes no cais.bem como as respetivas soluções e metodologias de construção adequadas para realizar as intervenções de reabilitação. De salientar que as metodologias de construção e materiais utilizados não poderão descaracterizar o cais. A segunda fase passa pela execução da empreitada para a realização de todos os trabalhos descritos e prescritos no Projeto Técnico. A terceira fase, concomitante com a segunda fase, diz respeito á fiscalização dos trabalhos da referida empreitada de reabilitação do cais da Ponta do Sol. |
Objetivos da Operação |
Com a reabilitação do cais da Ponta do Sol pretende-se conservar o seu rico património cultural, tendo sempre presentes dois grandes objetivos: - manter a caracterização do Cais do século XIX, e garantir a segurança aos seus utentes. São imprescindíveis alguns trabalhos de manutenção corrente e de reparação ao nível dos pavimentos e dos degraus, dos revestimentos de paredes (e de tetos, na cave) e de guardas, capeamento e pinturas, sendo essencial a reposição dos blocos dos tímpanos da ponte de arco em pedra argamassada, incluindo a substitui ção dos bueiros de drenagem do respetivo pavimento por gárgula em pedra de modo a se integrar no conjunto. A sua reabilitação permitirá a total fruição do Cais sendo uma mais-valia para o património cultural da Madeira, otimizando a exploração dos recursos turísticos e culturais. |
Montantes da Operação
1 - Custo Total do Investimento |
990.000,00 |
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2 - Investimento Não Elegível |
0,00 |
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3 - Investimento Elegíve l Não Comparticipado |
0,00 |
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4 - Investimento Elegível |
990.000,00 |
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Operaçao Geradora de Receitas |
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5 - Custo Total do Investimento Atualizado |
Compartici pa ção FEDE R |
841 . 500,00 |
6 - Receitas Liqui das Atualizadas |
Taxa de cofinanciamento |
85,00 % |
7 - Despesas Elegíveis (5-6) |
Despesa Pública |
990.000,00 |
8- Taxa de Défice de Financiamento (%) (7/5) |
Privado |
0,00 |
9- Montante Máximo Elegível (.4 8) |
Contrapartida Pública Nacional |
148.500,00 |
10 - Investimento Elegível Não Comparticipado (10+3) |
Taxa Contrapartida Nacional |
15,00 % |
Para operações com Contrapartida Pública/OE/OR |
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Código |
Designaçao |
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51800 |
Cais da Ponta do Sol |
A Administração dos Portos da Madeira abriu concurso público para atribuição de licença precária de ocupação e utilização de espaços, destinados à venda de street food na Praça do Povo.
Programa de concurso aqui
Clemente Vital, o responsável pelo Porto do Porto Santo conhece muito bem os subterrâneos do porto, sabe por onde passam os cabos de eletricidade, da água, sabe de cor tudo o que lá está e como está.
Começou a trabalhar em 1982 como agente de exploração, mas fez um pouco de tudo. Foi o primeiro funcionário a trabalhar na marina em 1986 até ter sido entregue aos privados. Depois, há poucos anos, voltou a recebê-la. Também esteve na agência dos barcos que ligavam o Porto Santo e a Madeira, esteve três ou quatro anos na secretaria e há 14 anos, ficou à frente do porto, cuja obra acompanhou atentamente.
O projeto para o porto vinha já do antigo regime. Teve algumas alterações como o contra molhe, por exemplo. As obras tinham começado em 1979, nessa altura, “entraram os dois primeiros funcionários para a área da fiscalização, o Zé Batista e o Sr. Serra, já falecido. Os outros vieram em 1982. O objetivo era ajudar na descarga dos “carreireiros” como o “Maria Cristina.”
Depois, foi adquirido o “Pirata Azul”, a seguir o “Independência”, o “Pátria”… a atividade portuária desenvolvia-se na “ilha dourada” e foram necessários mais funcionários.
Ao fim de todos estes anos, Clemente Vital não sabe dizer o que mais o marcou. “De tudo um pouco.” Mas, lembra-se do primeiro navio cruzeiro que foi ao Porto Santo, com 185 metros de comprimento, que “acostou e ficou com a proa fora do cais.”
Ainda hoje, faz de tudo um pouco, “até ir para o mar, como há dias fomos às seis da manhã, para dar apoio a uma embarcação.”
Antes de ir para a reforma gostava de ver a marina ampliada e modernizada. “Neste momento, já não se conseguem fazer reservas.” O estaleiro “também devia ser melhorado. Estão lá perto de 40 iates e há outros 12, em lista de espera.”
José Batista tinha acabado o 11.º ano, preparava-se para continuar a estudar, mas um convite nas férias de verão de 1979, mudou o que tinha planeado. Foi convidado para ser fiscal na obra de construção do Porto do Porto Santo, aceitou e até hoje não está “nada arrependido.” Passado algum tempo, passou para agente de exploração, função que desempenha até hoje.
Lembra-se que naquela altura, também havia algumas polémicas, por exemplo, “havia quem achasse que o porto não devia ser feito ali.”
Também se recorda dos temporais de fevereiro de 1982 que rebentaram com “quase 200 metros da estrutura já feita”.
Mas, a construção do porto foi das maiores obras feitas no Porto Santo e “criou muito emprego.” Tal como noutras obras feitas na Madeira, “foi preciso recorrer a muito pessoal do continente.”
Depois, vieram as mudanças, em 1991, quando foi adotado o regime de licenciamento e a empresa Operações Portuárias da Madeira, OPM iniciou a sua atividade no negócio da carga/descarga nos portos da região. “Tínhamos máquinas, manobradores… De um momento para o outro, parece que tudo se esvaziou.”
Tal como Clemente Vital, José Batista fala com muito carinho da Marina do Porto Santo e explica porquê: “É uma das vertentes da economia do mar e que deixa dinheiro no Porto Santo. O iatismo dura o ano inteiro. Quando vêm de Gibraltar, 95% dos iates param na primeira marina que encontram que é a nossa.”
Na década de 90, há também o registo do primeiro turn around: um avião veio da Alemanha, com passageiros para um navio de cruzeiros, “penso que foi o Astor”. Desembarcaram os turistas que até ali tinham feito viagem e embarcaram os que chegaram no avião.
José Batista tem quase 39 anos de trabalho no Porto do Porto Santo. Uma vida que continua a motivá-lo. Neste momento, está a catalogar muitas das fotografias que tirou ou que lhe deram de momentos importantes daquele porto.
O Porto do Porto Santo celebra hoje 34 anos de existência, em vésperas de iniciar uma grande reparação que ascende a quase um milhão de euros.
Foi no dia 2 de julho de 1984 que o então Presidente da República, Ramalho Eanes inaugurou diversas infraestruturas na Madeira como a Marina e o Porto do Porto Santo.
Os dois matutinos regionais, “Diário de Notícias” e “Jornal da Madeira” deram eco das palavras do Presidente da República que na altura disse: “o Porto Santo começa finalmente a sentir a brisa do desenvolvimento”.
O porto era uma velha aspiração da população porto-santense e isso explica o ambiente festivo que se sentiu nesse dia, descrito assim pelo DN Madeira: “Barcos com bandeiras desfraldadas reforçavam a alegria de toda uma população que no seu porto põe agora a esperança de um futuro melhor, com a abertura de novas perspetivas e alargados horizontes.”
O Porto do Porto Santo custou mais de um milhão e meio de contos ao orçamento regional. Foi construído um cais acostável de 300 metros de comprimento, com fundos de seis e sete metros e um terrapleno destinado à movimentação de mercadorias de 20 mil metros quadrados.