Já comandou todo o tipo de navios, mas, há três anos e meio, o navio de investigação “Noruega” é a sua casa, o que é para si, “ uma experiência enriquecedora,” pois tem conhecido a costa portuguesa a um nível que “poucos têm essa possibilidade.”

Entre os dias 5 e 9 de setembro, o comandante Oliveira Gonçalves esteve na Madeira, a preparar mais uma missão  do “Noruega”, desta feita, o estudo dos bancos “Sea montains”, “Gorringe”, “Seine” e “Josephine” que são montanhas submarinas, locais prioritários de conservação, devido à grande biodiversidade que nelas ocorre.

O “Noruega” pertence ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera e quase todos os meses sai em cruzeiro, acolhendo, em média, 14 cientistas a bordo, portugueses e estrangeiros, em projetos financiados, a maioria deles pela UE.

Normalmente, o objetivo é fazer a avaliação dos recursos biológicos que há no mar, “se o stock está a aumentar ou a diminuir. Todas as espécies estão em observação, especialmente, a sardinha e o carapau.” Trata-se de proteger os ecossistemas que estão no nosso território submerso, até porque Portugal é o país europeu que possui a maior quantidade de montanhas submarinas.

Segundo o seu comandante, o “Noruega” tem “uma grande capacidade de manobra que lhe permite andar em zonas, onde não vão outros navios. Podemos andar em profundidades de 10 metros!”

Comandar um navio de investigação científica “é um desafio diferente, mas muito estimulante”. Tal como foi o trabalho de três anos na APRAM (terminou em 2008). Lembra que o desenho da quadra de boias do terminal dos Socorridos foi feito por si. E da região gostou de “tudo”. É que por aqui “passam praticamente, metade dos paquetes que existem no mundo. Ficamos sempre a saber das novidades, pois muitos dos novos navios, quando vão para as Caraíbas, passam pela Madeira. Além disso, há as gentes, o clima, a paisagem, não há outro lugar assim no mundo!”

Do que viu nesta estadia, destaca a melhoria da zona portuária norte, “está muito bonito” e a “gare no cais sul, ficou espetacular.”

Ao fim de anos ao comando de tantos e diferentes navios, o comandante Oliveira Gonçalves não se vê em terra, “é um bichinho que se entranha! Enquanto puder, vou ficar no mar. E a morrer que seja na Madeira!”

FaLang translation system by Faboba
Poderá consultar a nossa Política de Privacidade clique / To consult our Privacy Policy click